O Laboratório Central de Saúde Pública Professor Gonçalo Muniz (Lacen-BA) emitiu um alerta epidemiológico de raiva animal após a confirmação de três casos de raiva em animais desde novembro na Bahia. De acordo com o alerta, as ocorrências em Feira de Santana, no Centro-Norte do estado, e em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), comprovadas esta semana, envolveram dois cachorros.
A situação em Feira de Santana envolveu até uma criança, que chegou a ser mordida pelo animal, mas não contraiu a doença. Já em Catu, no Recôncavo do estado, houve o caso de um gato contaminado com o vírus da raiva e confirmado em novembro. Mesmo assim, apesar dessas ocorrências, a diretora do Lacen, Zuinara Maia, reforçou que não há nenhuma suspeita de raiva em humanos na Bahia.
“Não temos nenhum caso humano. Teve um cachorro positivo e, assim que o resultado saiu, tanto o município quanto a vigilância epidemiológica foram acionados para o bloqueio vacinal na área”, explicou Zuinara. De acordo com ela, se houver algum incidente com animal que não se sabe se foi vacinado ou não, é preciso entrar com o protocolo de exposição, que é a vacina e o soro antirrábicos.
O último caso de morte por raiva humana registrada no estado ocorreu, segundo a diretora do Lacen, no dia 6 de março deste ano em Salvador. A vítima foi um lavrador de 46 anos, morador do município de Paramirim, no Centro-Sul, que morreu no Hospital Couto Maia depois de pisar em um morcego contaminado. Segundo ela, o paciente procurou atendimento cinco dias depois do contato com o animal. Antes disso, a última morte havia sido em julho de 2004.