O Ministério das Relações Exteriores da Rússia afirmou nesta terça-feira que dezenas de combatentes russos e de outros países da antiga União Soviética foram feridos em recentes confrontos na Síria. Fontes disseram na semana passada que até 300 homens que trabalhavam como mercenários para empresas de segurança privadas ligadas ao Kremlin foram mortos ou feridos na luta na Síria no início de fevereiro, em um choque com a coalizão liderada pelos EUA. O incidente sugere que Moscou está mais envolvido militarmente na Síria do que admitiu publicamente, e representa o risco de um confronto direto com os Estados Unidos no país.
Anteriormente, o ministério havia dito que apenas cinco cidadãos russos poderiam ter morrido no mesmo confronto, chamando de “desinformação” os dados publicados pela mídia, que relatavam um número maior de mortes.
“Durante um confronto militar recente, em que os militares da Federação Russa não participaram de nenhuma maneira, morreram cidadãos russos e da antiga União Soviética. Ao redor, várias pessoas também ficaram feridas. Como é sabido, há vários cidadãos russos que viajaram para a Síria por sua própria vontade e com diferentes propósitos. Não cabe ao ministério julgar a legitimidade dessas decisões”, afirmou a Chancelaria em um comunicado. O ministério acrescentou que o governo ajudou os feridos a retornar à Rússia, e disse que eles estavam sendo tratados em várias instituições médicas.