Quatro dias após ter a prisão preventiva decretada pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ), o ex-prefeito de Santo Amaro Ricardo Machado (PT) permanece foragido. Investigadores da Operação Adsumus, que desbaratou um esquema milionário de corrupção em cidades do Recôncavo, desconfiam que Machado espera o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidir favoravelmente a um pedido de liminar apresentado no último dia 4 pela sua defesa, requerendo liberdade. A dúvida no núcleo central da Adsumus é se Machado continuará escondido em local incerto se a Corte negar o pedido.
Ricardo Machado é acusado de liderar esquema de corrupção que desviou cerca de 20 milhões da prefeitura da cidade de 2012 a 2016, numa rede de crimes que se estendeu para outros municípios do Recôncavo, a exemplo de Muritiba.
Machado foi um dos principais investigados pela Operação Adsumus, deflagrada em 2016 pelo Ministério Público do Estado (MPE) para investigar desvios e fraudes em licitações e contratos da prefeitura de Santo Amaro. Ele estava em liberdade graças a uma liminar concedida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Na denúncia apresentada à Justiça, o MPE disse possuir fartos indícios de envolvimento direto do ex-prefeito nos casos de corrupção descobertos pela Adsumus, especialmente em contratos para compra de combustível, aquisição de material de consumo, eventos e obras nas áreas de Saúde e Educação.