Há muito tempo que os vereadores de São Francisco Conde, região metropolitana de Salvador, cobram da Refinaria Landulpho Alves-Mataripe (RLAM), a participação de mais trabalhadores do município fazendo parte do quadro funcional da petrolífera. Infelizmente esta decisão não cabe diretamente aos parlamentares municipais, sendo assim a vontade da comunidade acaba não sendo atendida. No entanto a Câmara nunca deixou de propor soluções para que operários da cidade ingressem na RLAM. Uma destas ideias é a possibilidade do incentivo a isenção de imposto, com objetivo de atrair empresas que possam dar emprego ao povo. O município de São Francisco do Conde, abriria mão de alguns encargos e as empresas que prestam serviço à refinaria empregariam os trabalhadores.
Esta temática foi levantada mais uma vez nesta terça-feira (23), durante a 8ª Sessão Ordinária realizada no plenário da Câmara Municipal. O Professor Cravinho (PP), abriu a discussão parabenizando os colegas Moriel Jaé (PP) e Pita de Gal (PSB), pelo empenho de sempre estarem buscando ajudar aos franciscanos na área industrial. Mário Nogueira (SD), ressaltou o esforço dos jovens que buscam empregabilidade na indústria e lutam juntos aos sindicatos por vagas de trabalho. Neste diálogo surgiu o assunto sobre a ausência de um sindicato local para defender o interesse da cidade no que diz respeito ao pleito na RLAM.
Luis de Campinas (PT), disse que toda vez que surge vaga de emprego na RLAM, o pessoal de Candeias e Madre de Deus fica logo sabendo, por causa do sindicato que tem no município candeense. De acordo com o parlamentar, uma representação sindical em São Francisco do Conde ajudaria muito neste quesito. ” Talvez se aqui tivesse um sindicato, junto com a associação teria maior legitimidade. Várias vezes no passado já fui na refinaria e lá a gente não podia nem conversar com diretor ou supervisor”. Disse.
Sobre a criação de um sindicato com este propósito no município, Antônio Lopes-Pantera (PSD), citou o Artigo 8º Inciso II da Constituição Federal que diz: é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município. Pantera sugeriu que os trabalhadores busquem fazer parte da diretoria do sindicato que representa os trabalhadores da Refinaria Landulpho Alves-Mataripe.
Moriel Jaé disse ainda, que é muito complicado conseguir emprego na refinaria que fica no município. Desta forma, ele prefere buscar empregabilidade para trabalhadores da cidade em outros estados. Segundo ele nem adianta o Sine encaminhar, na seleção é aprovado quem a empresa quer.
Assessoria de Comunicação