As categorias da segurança pública têm aumentado sua artilharia política. Em 2018, esses profissionais registraram aumento de mais de 300% de participação no Legislativo federal e estadual. Em 2020, na primeira eleição municipal que sucede a ascensão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a disputa terá mais de 6.700 militares e policiais concorrendo aos cargos de prefeito, vice-prefeito ou vereador. O número é um pouco maior em comparação ao pleito de 2016, quando havia 5.987 candidatos com o perfil
De acordo com dados fornecidos pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) identificou 6.715 candidatos que usam alguma referência militar ou policial no nome da urna ou que registraram “membro das Forças Armadas”, “militar reformado”, “policial militar”, “policial civil” ou “bombeiro militar” como ocupação.
Os dados são relativos a candidaturas de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores em todo o Brasil. A maior parte dos candidatos apresentaram patentes militares e cargos policiais no nome de urna como capitão, major, coronel, soldado e cabo. “Essa é uma maneira de produzir uma identidade, e isso ocorre em outras profissões, como os religiosos e professores. Alguns estudos indicam que essas patentes militares também ajudam como mecanismo de busca para o eleitor se situar”, diz o cientista político Cláudio Couto, da FGV (Fundação Getúlio Vargas).
Os nomes mais populares usados para candidatos a prefeito são “coronel”, “delegado” e “sargento”, respectivamente. As patentes habituais para candidatos a vereadores são “sargento”, “cabo” e “tenente”.
Fonte: UOL