Um grupo de pescadores e marisqueiras artesanais, de São Francisco do Conde, e Madre de Deus, cidades da região metropolitana de Salvador, participaram de uma reunião na manhã desta quarta-feira (08). O encontro aconteceu em uma praça na localidade Caipe de Baixo, distrito de São Francisco do Conde, onde os trabalhadores voltaram a cobrar da Petrobras, os passivos ambientais, causados durante várias décadas.
De acordo com o presidente da Associação de Pescadores e Marisqueiras, do bairro Cação em Madre de Deus, José Antônio, popularmente conhecido por “Zé Tonel”, o principal objetivo do encontro com os trabalhadores da pesca, é juntos, cobrar os passivos e danos ambientais que a Refinaria Landulpho Alves, agora Refinaria Mataripe, vem causando a população da pesca de toda região. “Vamos cobrar os processos pendentes. Quem vai pagar? É quem vendeu? Ou quem comprou? Isso que precisamos saber.”
Para o sindicalista, Valter Moacir, o próximo passo a ser dado, será provocar o Ministério Público da Bahia (MP-BA). “Chamar o MP e as autoridades constituídas, a responsabilidade. A comunidade não vai dá trégua e queremos o que é nosso. Passivos ambientais já”. Outras lideranças do município de São Francisco do Conde, também participaram da reunião, onde uma ata de presença foi assinada por todos.
A Refinaria Landulpho Alves (RLAM), localizada em São Francisco do Conde, na Bahia, foi vendida para o grupo Mubadala Capital, dos Emirados Árabes, por R$ 10,1 bilhões e assumiram as ações no dia 1º de dezembro.