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O Ministério Público estadual (MP-BA) denunciou cinco policiais militares por suspeito de envolvimento na invasão e derrubada de casas na comunidade conhecida como ‘Sítio do Tererê’, localizada em Catu de Abrantes, na Região Metropolitana de Salvador (RMS).
De acordo com as investigações, os agentes teriam liderado, coordenado e participado da ação ocorrida no último dia 20 de novembro. Eles foram denunciados pelos crimes de furto qualificado, dano qualificado, incêndio e associação criminosa.
Na denúncia, o Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco) relata que os policiais foram responsáveis por intimidar os moradores e garantir sucesso da empreitada ilícita com o uso de armas de fogo. Eles também teriam realizado pagamento dos valores combinados com os indivíduos contratados para a invasão e desocupação do terreno.
As investigações indicam ainda que, junto com outros indivíduos, eles teriam recrutado 17 homens e providenciado uma retroescavadeira e ferramentas para realização da invasão e destruição de casas, onde residiam cerca de 30 famílias. Eles também são responsáveis pelo pagamento de R$ 200 para cada pessoa contratada.
Todos os envolvidos teriam se encontrado por volta de meia noite do dia 20, na avenida Luis Viana Filho (Paralela), em Salvador, onde saíram em direção ao Sítio Tererê. Em seguida, atearam fogo nas casas, nos barracos e em bens materiais das vítimas.
Ainda segundo as apurações, quando os denunciados e os demais indivíduos chegaran no local, os habitantes estavam dormindo e acordaram assustados, em razão do barulho da retroescavadeira e dos gritos dos esbulhadores, que proferiam ameaças, com dizeres como: “sai, sai, vou matar”.
Os denunciados foram autuados em flagrante por guarnição da Polícia Militar acionada por integrantes da comunidade no dia da ocorrência. A denúncia informou que eles se encontravam à paisana e não estavam de serviço no momento dos fatos.