Está cada vez mais difícil conseguir fazer o preço dos alimentos caber no orçamento. A ida ao açougue, por exemplo, tem exigido planejamento. Isso porque os preços das carnes voltaram a subir para os consumidores brasileiros entre o final de 2021 e o começo de 2022. Segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), os produtos tiveram altas em dezembro e janeiro em todo país. Em Salvador e demais cidades da Região Metropolitana, o produto teve alta nesses dois meses de 1,90% e 1,48%, respectivamente.
“Nos açougues 1 kg de uma carne de segunda está sendo vendida em média de R$ 30. Esse valor é um dos mais baratos na comparação com outras praças no Brasil, mas ainda assim o povo está tendo dificuldade de comprar. Isso porque a condição de o consumidor adquirir a carne caiu devido à inflação. Só para ter uma ideia, os frigoríficos hoje na Bahia só matam boi com osso. Não estamos mais tendo condição de desossar”, disse o presidente do Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados do Estado da Bahia (Sincar-Ba), Julio Cesar. No IPCA-15, os preços das carnes refletem a variação de 18 cortes, a maior parte bovinos, além das carnes de porco e de carneiro.
“O preço se mantém e o consumo está o mesmo nesses últimos três meses. Aqui no nosso açougue as pessoas consomem mais as carnes de segunda que são acém, ponta de agulha, cruz machado. Essas carnes são mais baratas e acaba saindo mais em conta”, disse o gerente do açougue Atacadão 1000 Carnes, no Politeama, Fábio Oliveira.
Fonte: T. da Bahia