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Milhões de brasileiros estão enfrentando dificuldades para encontrar remédios que precisam nas farmácias públicas. É uma preocupação para quem está doente, ou tem um parente nessa situação. Mas também para os médicos que prescrevem os medicamentos.
A dona de casa Patrícia Vieira percorre quase 70 quilômetros para pegar os remédios da filha, na farmácia do governo do estado do Rio, no centro da cidade, Lavína precisa ir junto, não tem com quem ficar. A menina teve meningite aos 11 meses e ficou com sequelas irreversíveis. Deveria tomar três remédios por dia….Deveria.
“Um mês eu consigo a metade aí ficam quatro, cinco meses sem conseguir. Ela já ficou oito meses sem conseguir o remédio”, conta a mãe.
Simples tarefas do dia a dia se tornam cansativas para Maria Aparecida. Faz 13 anos que ela descobriu que sofre de artrite reumatóide, uma doença autoimune e degenerativa, que inflama as articulações. Desde então, não pode viver sem remédios.
“A última vez que eu tinha que pegar medicação era no dia oito de setembro. Eu cheguei lá, não tinha a minha medicação”, diz a pensionista Maria Aparecida Cézar Bahiana.
Desde o início do ano, a Confederação Nacional de Municípios afirma que vem recebendo relatos sobre a falta de remédios em farmácias públicas do país. Essa série de reclamações estimulou a realização de levantamentos. A última pesquisa da confederação comprovou que hoje de cada dez cidades,seis enfrentam a escassez de medicamentos. Estoques vazios geram desespero em quem vê a saúde indo embora.
Fonte: G1