Netinho da Bahia é um velho conhecido dos sócios do tradicional Iate Clube de Aracaju. O cantor de axé foi a estrela do trio elétrico da agremiação em Carnavais antes da pandemia.
O show deste ano no bloco ‘Por Amor ao Iate’, no próximo dia 28, não terá a presença dele. Sua participação foi cancelada após forte reação contrária nas redes sociais.
Alguns posts do artista, um declarado admirador de Jair Bolsonaro, foram interpretados como declarações de apoio aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, quando vândalos depredaram os palácios dos Três Poderes em Brasília.
Uma das vozes contra a contratação de Netinho foi a do advogado e radialista Danilo Segundo, marido de Lurian Cordeiro Lula da Silva, filha do presidente Lula. O casal mora na capital de Sergipe.
Para esclarecer a situação, Netinho viajou até Aracaju. Teve uma reunião com a cúpula do clube. Segundo ele, foi uma conversa amistosa.
Em entrevista ao apresentador Luiz Carlos Focca, do canal TV Itnet, o cantor disse que vai acionar advogados contra quem o associou ao quebra-quebra criminoso em Brasília.
“Me mandaram o print. ‘Cantor Netinho financia o terrorismo’. Vai ter de provar na Justiça… Financiar o que de terrorismo? Eu, Netinho, é o terrorista? Peraí, rapaz, não pode”, afirmou.
O artista relatou a surpresa de descobrir o cancelamento de sua participação no bloco do clube aracajuano ao ler em uma rede social. Avisou que não abre mão de receber o que foi acordado no contrato.
Questionado a respeito de seu posicionamento ideológico à direita, Netinho apresentou um argumento. “O artista não tem nada a ver com isso. As minhas posições sobre comida, política, esporte, (são de) Ernesto de Souza Júnior, pessoa física, não é o artista.”
Netinho disse que não vai se calar nem sair de cena em consequência dos críticos que pedem boicote à carreira dele. “Não é por causa de uma pessoa que vou parar de cantar. Isso não existe. Vai me matar? Vai mandar me matar?”
Fonte: Terra