Em reunião nesta segunda-feira, 28, com representantes de secretários de educação, professores, estudantes e conselhos estaduais, o Ministério da Educação (MEC) decidiu mudar parte da proposta sobre o novo ensino médio que havia sido apresentada no início do mês. A carga horária da formação básica, com disciplinas como Português, Matemática, História e Biologia, dos alunos que fazem ensino técnico deverá ser um pouco menor do que a ofertada para o restante dos estudantes.
A formação geral básica será composta por 2400 horas e a formação específica por 600 horas. A exceção está relacionada ao itinerário formativo ligado à educação técnica e profissional. Neste caso serão 2100 horas para o conteúdo básico e 900 para a parte específica.
A expectativa é que o texto com o projeto de lei que será enviado ao congresso sobre o novo ensino médio seja finalizado nesta semana.
Diante das queixas de entidades de alunos e professores, o ministério abriu consulta pública para colher sugestões sobre o tema e apresentou uma proposta no começo de agosto. Depois disso, vem realizando reuniões com entidades da educação para fechar pontos divergentes.
Outro ponto debatido durante a reunião foi o desenho dos itinerários. Em sua proposta inicial, o MEC havia estabelecido três trilhas formativas:
– Linguagens, Matemática e Ciências da natureza;
– Linguagens, Natemática e Ciências humanas e Sociais;
– Formação técnica e profissional.
A proposta, no entanto, não agradou secretários estaduais, que desejam mais flexibilidade na configuração dos itinerários. Uma das discussões na reunião dessa segunda foi a possibilidade de haver pelo menos cinco formatações, das quais uma seria voltada para educação técnica e profissional.
Após o debate, o modelo que mais se aproximou do consenso foi a integração de três áreas do conhecimento, mas sem defini-las previamente. Dessa forma, não seria obrigatório todos os itinerários terem Linguagens e Matemática. Mas, apesar de agradar a maioria, o martelo ainda não foi batido.
Fonte: Correio da Bahia