Em meio ao aumento das internações por Covid-19 registrado em hospitais privados dos grandes centros do país como São Paulo, a Associação de Hospitais e Serviços de Saúde do Estado da Bahia (AHSEB) alerta sobre crescimento de casos e de internações nas unidades de saúde particulares no estado.
Segundo o boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Covid-19 registrou uma diminuição nas internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na região Sul, mas mantém um aumento em alguns estados. Na Bahia, observa-se um sinal de desaceleração no crescimento, embora sem interrupção ou reversão. O estado segue com uma média um pouco acima de 1 incidência de SRAG por cem mil habitantes.
O pesquisador e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, comenta que, nas semanas mais recentes, a maioria das internações na Bahia são de idosos. Esse crescimento iniciou entre a segunda e a terceira semana de outubro. “Na Bahia, continua tendo um crescimento, que começa a dar sinais de desaceleração. É o único do Nordeste nessa situação. A expectativa é que, nas próximas atualizações, comecemos a observar uma interrupção no crescimento ou o processo de queda.”
No entanto, o número de casos positivados deve ser considerado um alerta. “Chegamos a ter dois ou três pacientes positivados por dia. Hoje, alguns laboratórios sozinhos têm uma quantidade três vezes maior mesmo não sendo um número grande. Tanto em relação às internações quanto ao número de casos, a estrutura privada está atendendo bem”, comenta.
De acordo com os dados da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), 1.656 novos casos e quatro óbitos foram registrados, ontem, além de 3.248 suspeitos. A taxa de ocupação da enfermaria adulto está em 1%, com um leito ocupado de 67, enquanto na UTI adulto são quatro de 55 leitos (taxa de ocupação de 7%).
Já a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que não há registro de aumento da procura por atendimento por Covid-19 nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA).
Diante do aumento de casos, a SESAB emitiu um alerta epidemiológico para as secretarias municipais de saúde, reforçando a importância de intensificar as medidas de prevenção: completar o esquema vacinal, higienização das mãos, uso das máscaras para pessoas com sintomas gripais, evitar aglomerações e realizar testagem em casos sintomáticos.
A cobertura vacinal no estado está em 94,98% para a 1ª dose, 86,1% para a 2ª dose, 61,6% para a dose de reforço e 61,56% para a 2ª dose de reforço. Em Salvador, já foram mais de sete mil doses aplicadas.
Fonte: SECOM