Até setembro deste ano, 2.304 pessoas foram diagnosticadas com casos de HIV na Bahia, de acordo com levantamento da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab). O vírus compromete a capacidade de defesa do organismo e pode evoluir para a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids). Com o objetivo de conscientizar a população sobre a condição, o governo federal promove o Dia Mundial de Combate à Aids, em 1° de dezembro. O objetivo é disseminar informações sobre a síndrome e evitar que casos evoluam para diagnósticos mais graves.
Em 2022, a Bahia chegou a 2.593 casos de infecção por HIV, com taxa de incidência 18 casos por 100 mil. O Boletim Epidemiológico de HIV/Aids de 2022, publicado pelo Ministério da Saúde, aponta que 1.088.536 diagnósticos de Aids foram feitos desde o surgimento da síndrome, em 1980. Somente em 2021, mais de 11 mil óbitos foram registrados. No mundo, a condição já levou mais de 40 milhões de pessoas à morte, segundo a Unaids.
Claudilson Bastos, infectologista e consultor técnico do laboratório Sabin duz existir duas diferenças entre o portador do HIV e a pessoa que vive com Aids. “O portador é aquele que não tem a Aids, mas tem o vírus. A pessoa não apresenta sintomas. Já quem vive com Aids pode apresentar sintomas, a exemplo da perda de peso, diarreia, candidíase. Ele ainda pode estar mais suscetível a doenças e infecções”, explica. Ele indica que, tanto o vírus como a síndrome, possuem uma incidência maior entre pessoas jovens, principalmente entre 15 e 29 anos. Um dos principais fatores de risco é um consumo elevado de bebidas alcoólicas.
O especialista cita a meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) de erradicar a transmissão do HIV até 2030. De acordo com o plano, ao menos 95% das pessoas com diagnóstico positivo de HIV precisam saber que possuem a condição. Dentro deste grupo, o total de 95% precisa estar em tratamento e com a carga viral suprimida, ou seja, indetectável. “A pessoa com a carga viral suprimida não transmite o HIV. O vírus fica intransmissível. Esse é o objetivo”, pontua.
Em termos de tratamento e prevenção, Bastos indica que o método mais utilizado é a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP). “É um medicamento antirretroviral que você utiliza em situações de riscos de contrair o vírus. Pode ser tomado diariamente ou sob demanda em situações específicas, como em relações sexuais. A utilização da medicação evita a contração do HIV”, afirma.
O infectologista ainda reforça que utilizar preservativos durante relações sexuais e evitar compartilhar objetos como agulhas e seringas são formas eficazes de se prevenir contra a doença. Em caso de diagnóstico positivo para HIV ou Aids, ele recomenda a busca por um centro de saúde ou especialista para iniciar o tratamento mais adequado para a condição.
Fonte: A Tarde