Neste sábado, 6/7, testemunharemos um espetáculo celestial raramente visto: a passagem do cometa 13P/Olbers, observável da Terra a cada 69 anos. Este cometa luminoso, descoberto há mais de dois séculos, promete encantar aqueles que voltarem seus olhos para o céu noturno. Esta é uma oportunidade única para observadores no Norte e Nordeste do Brasil, onde o céu escuro amplia a visibilidade do fenômeno.
De acordo com informações do Observatório do Valongo da UFRJ, esse corpo celeste será melhor visualizado em áreas com pouca poluição luminosa, utilizando binóculos. O cometa estará na direção da constelação de Lince, iluminando o céu e trazendo uma beleza rara para os apreciadores da astronomia.
Por que o Cometa 13P/Olbers é importante?
O cometa, nomeado em homenagem ao astrônomo alemão Heinrich Wilhelm Matthias Olbers, que o descobriu em 1815, é categorizado como um cometa do tipo Halley. Esses cometas são conhecidos por suas órbitas longas e características visuais marcantes. Adicionalmente, especula-se que a órbita do Cometa 13P/Olbers esteja associada a uma chuva de meteoros observável em Marte, o que aumenta seu interesse científico.
Como Observar o Cometa 13P/Olbers?
Para aqueles interessados em observar esse fenômeno astronômico, a recomendação é buscar um local afastado das luzes da cidade. Uma visão clara do céu é essencial, portanto áreas rurais ou praias isoladas são ideais. Aqui estão algumas dicas para uma observação eficaz:
Verifique a previsão do tempo para garantir um céu limpo.
Use binóculos com boa capacidade de ampliação.
Dirija-se para a constelação de Lince, que será o palco principal deste evento.
Tenha paciência, as melhores visualizações podem ocorrer em momentos específicos da noite.
Qual a Frequência de Visibilidade dos Cometas?
Os cometas são fenômenos raros no sistema solar, com tempos de aparecimento que podem variar de poucos anos a várias décadas. Cada cometa tem uma órbita única, o que define a frequência com que pode ser visto da Terra. Enquanto alguns, como o famoso Halley, têm previsões de passagem a cada 76 anos, outros podem ter períodos orbitais de centenas até milhares de anos.
Este ano, além do 13P/Olbers, os observadores terão a chance de ver outros três cometas importantes: o C/2022 A3 (Tsuchinshan-ATLAS), que promete ser visível a olho nu, e o 333P/LINEAR, que requer telescópios para sua observação. Essas oportunidades recordam a importância de preservar a escuridão do céu noturno para as futuras gerações de entusiastas da astronomia.
Fonte: Terra